O câncer de pâncreas é um dos tipos de câncer mais desafiadores em relação ao diagnóstico precoce, pois tende a se desenvolver de forma silenciosa. Além disso, trata-se de uma condição com alta taxa de mortalidade, principalmente quando descoberta tardiamente. Em novembro, mês mundial de conscientização sobre a doença, marcado pela campanha do novembro roxo, reforça-se a importância da informação, do reconhecimento dos sintomas e da busca por atendimento médico adequado.
O que é o câncer de pâncreas?
É um tumor que se desenvolve no pâncreas — órgão responsável pela produção de enzimas digestivas e hormônios importantes, como a insulina. Em grande parte dos casos, o tumor só causa sintomas quando já está mais avançado, o que reforça a importância da conscientização e do acompanhamento médico, especialmente para pessoas com fatores de risco.
Algumas pessoas têm maior risco de desenvolver esse tipo de câncer e precisam ficar mais atentas aos sintomas. Entre elas, pessoas em idade mais avançada (maiores de 60 anos), tabagistas, pessoas com história de pancreatite crônica, obesidade, diabetes tipo 2, histórico familiar de câncer de pâncreas ou consumo excessivo de álcool.
Principais sintomas do câncer de pâncreas
- Dor abdominal que pode irradiar para as costas
- Icterícia (pele e olhos amarelados)
- Emagrecimento
- Fezes claras e urina escura
- Náuseas e vômitos
- Perda de apetite
- Cansaço intenso
- Coceira na pele
Esses sintomas não significam necessariamente câncer, mas devem ser investigados, especialmente quando persistem. O diagnóstico costuma envolver exames de imagem (ultrassom, tomografia, ressonância), exames laboratoriais e, em alguns casos, biópsia. A avaliação precoce aumenta as possibilidades de tratamento e melhora os resultados.
O tratamento deve ser avaliado por um oncologista e pode incluir cirurgia (embora a maioria não seja operável), quimioterapia, radioterapia e outros cuidados para controle de sintomas. Os profissionais avaliam cada caso de forma individualizada, definindo o melhor plano terapêutico.
Cabe destacar que, apesar de não haver prevenção total, é possível reduzir riscos com escolhas saudáveis, tais como: não fumar, evitar consumo de alimentos ultraprocessados e manter a alimentação equilibrada, controlar o peso, praticar atividade física e reduzir o consumo de álcool.
Dessa forma, quanto mais pessoas conhecem os sinais e fatores de risco, maiores são as chances de procurar avaliação médica em tempo oportuno.

