Burnout: saiba mais sobre a síndrome do esgotamento profissional

Burn out: Imagem de Freepik.

Burn out: Imagem de Freepik.

Avalie esse post

O que é Burnout?

O Burnout é um distúrbio emocional em que a pessoa sente exaustão emocional extrema, insatisfação, estresse, esgotamento físico e distanciamento relacionados ao trabalho, principalmente quando ocorrem frequentes situações desgastantes, em ambientes de trabalho com muita competição ou responsabilidades.

É possível apresentar sintomas que também ocorrem na depressão como alterações no humor, fadiga e até pensamentos de suicídio nos casos mais graves. Se não tratado adequadamente pode levar a quadro de depressão grave.

A principal causa da doença é o excesso de trabalho,  sendo mais comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão como médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, entre outros.

Quais são os sintomas?

Os principais sintomas causados pelo Burnout são:

  • Cansaço excessivo: fadiga física e mental;
  • Dificuldades de concentração;
  • Sentimentos de incompetência;
  • Dores de cabeça frequentes;
  • Alterações no apetite, sendo aumento ou redução;
  • Sentimentos de fracasso e insegurança;
  • Alterações frequentementes de humor;
  • Palpitações;
  • Insônia;
  • Sentimentos negativos constantes;
  • Isolamento social e no ambiente de trabalho;
  • Dor muscular;
  • Aumento da pressão arterial;
  • Sentimento de derrota e desesperança;
  • Alterações na digestão.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito através da conversa com um profissional de saúde. Os maiores especialistas no diagnóstico e acompanhamento da pessoa com Burnout são o psicólogo e o psiquiatra, mas o cuidado pode ser iniciado por outros profissionais de saúde, que também podem participar do tratamento como outros médicos, nutricionista, educadores físicos e terapeutas ocupacionais.

É comum que as pessoas que estão sofrendo com essa condição não peçam ajuda por não conseguirem reconhecer que se trata de uma condição de saúde e não saberem que é possível obter tratamento e que o problema pode se agravar.

Inicialmente, amigos e familiares podem ajudar a reconhecer os sintomas e a oferecer suporte emocional. Uma boa rede de apoio pode ser bastante útil, mas não deixe de buscar ajuda profissional também.

Como é o tratamento do Burnout ?

A parte central do tratamento costuma ser com psicoterapia, mas pode ser necessário também contar com medicamentos controlados como antidepressivos ou ansiolíticos em alguns casos.

Reajustes possíveis nos hábitos e condições de trabalho são muito úteis na maioria dos casos.

Manter uma rotina de exercícios físicos regulares e atividades de relaxamento contribuem para reduzir o estresse e aliviar os sintomas.

Realizar atividades de lazer com pessoas próximas e tirar férias se possível é frequentemente recomendado. Em alguns casos pode ser necessário até mesmo se afastar temporariamente do trabalho.

Existem sinais de alarme?

Quando a pessoa não segue o tratamento adequado podem haver sinais que indicam necessidade de intervenção o mais rápido possível.

Nesses casos há piora dos sintomas, levando a perda total de motivação e distúrbios digestivos como diarreia, vômito.

Nos casos mais graves a pessoa pode desenvolver depressão, que pode indicar até mesmo internação a depender dos sintomas.

É possível prevenir o Burnout?

É possível adotar algumas estratégias para diminuir fatores estressores relacionados ao trabalho com a finalidade de prevenir o Burnout. Algumas medidas que podem ajudar são:

  • Realizar exercícios físicos regulares, idealmente uma atividade que considere mais prazerosa;
  • Evitar o consumo de álcool, tabaco e bebidas alcoólicas, pois essas substâncias podem agravar os sintomas;
  • Ter momentos para “fugir da rotina” como ir ao cinema ou teatro, passear ao ar livre, fazer algo prazeroso;
  • Evitar estar em contato com pessoas negativas, especialmente aquelas que vivem reclamando do trabalho;
  • Não se automedicar – o uso de medicamentos sem a indicação correta pode piorar o quadro;
  • Evite se isolar socialmente;
  • Procure conversar com seus amigos sobre o que sente;
  • Procure ter momentos de lazer não só sozinho, mas acompanhado das pessoas que você gosta e confia também;
  • Procurar dormir o suficiente: de preferência 8 horas por noite pelo menos.

É fato que a própria sobrecarga de trabalho por si só é um fator que dificulta adotar todas essas medidas recomendadas. Por isso, buscar um profissional de saúde que possa te auxiliar nesse momento pode ser o pontapé inicial para avaliar seus sintomas, ajudar na organização do seu dia a dia ou até mesmo escutar você.

Use o Agendar Consulta da CliqueFarma para encontrar especialistas e cuidar da sua saúde com segurança.

Carolina Caldas: Médica formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e Médica de Família e Comunidade pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).  CRM 520107347-8