Avanços no tratamento e prevenção permitiram o alcance da meta internacional de eliminar transmissão de HIV de gestante para bebê
O que é HIV?
HIV é a sigla em inglês para Vírus da Imunodeficiência Humana. Ele causa uma infecção crônica, ou seja, que não pode ser eliminada do corpo, não tendo cura. Esse é o vírus causador da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).
Mas atenção: nem todo mundo que tem HIV tem AIDS. Inclusive, é comum que a infecção permaneça assintomática durante anos, até começar a causar a doença AIDS. Há também pessoas que fazem o tratamento correto e podem viver com HIV sem nunca desenvolver a AIDS.
Como ocorre a transmissão?
As principais formas de transmissão são:
- Relação sexual sem preservativo;
- Violência sexual;
- Para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação – a chamada transmissão vertical;
- Compartilhamento de agulhas;
- Acidentes com material biológico, especialmente em profissionais de saúde ou de limpeza;
- Contato de feridas ou mucosas com sangue ou secreções genitais.
Atualmente, a transmissão através da transfusão de sangue ou transplante de órgãos e tecidos não deve ocorrer, pois esses materiais biológicos precisam passar por testagem antes de qualquer procedimento.
O que não transmite HIV?
O vírus NÃO é transmitido por beijo, abraço, aperto de mão, carinho, espirros, tosse, compartilhamento de talheres ou toalhas nem qualquer tipo de contato físico com pele sem feridas.
O que significa a eliminação da transmissão de mãe para bebê?
A eliminação da transmissão vertical do HIV significa um grande marco na história da saúde pública brasileira, reafirmando a importância do investimento no combate à infecção no país, através de medidas de prevenção e do tratamento adequado de pessoas que vivem com HIV.
Além dessa conquista, também foi constatado o menor número de mortes causadas pela AIDS (que é quando o vírus causa doença). Pela primeira vez, em 32 anos, foram registradas menos de 10 mil mortes no ano.
Como foi possível atingir esse marco?
A principal estratégia foi garantir a ampla testagem das pessoas, especialmente durante o pré-natal. Quanto mais gestantes (e também seus parceiros) sabendo que têm a infecção, maiores as chances de fazer o tratamento correto e reduzir a quantidade de vírus no organismo, impedindo a transmissão para o bebê. Além disso, a medicação pode ser administrada na gestante durante o parto e no bebê, ao nascer, quando for indicado.
Outro ponto importante é que, ao saber que vive com HIV, a mulher recebe a orientação de que a amamentação é contraindicada, pois essa também pode ser uma forma de transmissão vertical. Nesses casos, o SUS oferece fórmula láctea gratuitamente.
Como é possível prevenir o HIV e a AIDS?
A ampla testagem da população em geral, a distribuição de preservativos, a PREP (profilaxia pré exposição), a PEP (profilaxia pós exposição) e a informação são outras ferramentas fundamentais na prevenção e diagnóstico precoce da infecção pelo HIV, o que contribui para prevenir também a AIDS.
PEP e PREP são medicamentos que podem ser tomados em algumas situações para impedir a infecção.
Como você pode contribuir na prevenção a AIDS? Sim, você!
O primeiro passo é se cuidar e evitar ter relações sexuais desprotegidas, procurar se testar regularmente e estimular que as pessoas ao seu redor façam o mesmo.
Caso seu teste seja positivo para o HIV, não deixe de realizar o tratamento, que, felizmente, é oferecido pelo SUS.
Além disso, ao saber que alguém é uma pessoa que vive com HIV, não faça piadas, comentários ou provoque constrangimentos. Esse tipo de atitude reforça o estigma relacionado ao vírus e faz com que pessoas todos os dias desistam de se testar, se tratar e até mesmo conversar sobre o assunto e suas formas de prevenção.
Já temos informação o suficiente para entender que o acolhimento é o melhor caminho.

