Alzheimer: primeiros sinais, diagnóstico e tratamento

Alzheimer. Imagem de Freepik.

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A doença de Alzheimer é uma condição neurológica progressiva, caracterizada por neurodegeneração que afeta a cognição, a memória e a capacidade de realizar atividades da vida diária. A perda de sinapses, o comprometimento neuronal e as alterações cerebrais vão se acumulando ao longo dos anos, resultando em declínio cognitivo e funcional.

Primeiros sinais do Alzheimer

O Alzheimer passa por diversos estágios, sendo o seu estágio inicial caracterizado pelos seguintes sinais e sintomas:

  • Esquecimento recente (referente ao que ocorreu há pouco tempo);
  • Dificuldade para concluir raciocínios, planejar ou compreender instruções complexas;
  • Desorientação em tempo (dias, meses) ou espaço (perder-se em locais conhecidos);
  • Problemas de linguagem, como dificuldade de achar palavras, nomear pessoas ou objetos;
  • Alterações de atenção e concentração;
  • Mudanças no humor ou personalidade, como irritabilidade, apatia, tristeza, agressividade, variações de humor frequentes.

Diagnóstico

Para diagnosticar a doença de Alzheimer de forma confiável, é necessário um conjunto de quesitos e o diagnóstico é feito por meio de exclusão. Os seguintes pontos precisam ser levados em consideração:

  1. História pessoal e familiar de Alzheimer ou outras demências.
  2. Verificar fatores de risco: idade, comorbidades (doenças vasculares, hipertensão, diabetes), estilo de vida, uso de álcool ou drogas, medicações em uso.
  3. Queixas de esquecimento recente, desorientação, alteração de marcha ou de fala, início insidioso.
  4. Avaliação cognitivas e de depressão;
  5. Exames complementares para descartar outras causas ou confirmar diagnóstico, inclusive, biomarcadores em casos específicos.

Tratamento

O tratamento de Alzheimer é multifatorial e leva em consideração o tratamento farmacológico e o não farmacológico. Cabe destacar que não há cura, mas intervenções podem aliviar sintomas, retardar o declínio cognitivo/função e melhorar a qualidade de vida.

O tratamento farmacológico pode ser realizado por meio das seguintes medicamentos:

  • Donepezila;
  • Galantamina;
  • Rivastigmina;

Já o tratamento não farmacológico é realizado por meio da:

  • Estimulação cognitiva / reabilitação cognitiva, por meio de atividades que exercitam memória, atenção e orientação.
  • Terapia ocupacional, para auxiliar na adaptação de rotinas para preservar autonomia do indivíduo;
  • Atividade física supervisionada: exercícios aeróbicos, de resistência, combinados têm efeitos benéficos sobre cognição.
  • Fisioterapia e/ou, fonoaudiologia quando há alterações de marcha, de fala ou de deglutição.

Por fim, cabe destacar que o Alzheimer é uma condição complexa, que exige diagnóstico precoce e abordagem multidisciplinar. Reconhecer os primeiros sinais, realizar a avaliação clínica adequada, usar exames complementares e biomarcadores, quando disponíveis, ajuda na identificação o mais cedo possível. O tratamento combina medicamentos sintomáticos com intervenções não farmacológicas, orientações familiares e cuidados paliativos, buscando preservar a qualidade de vida.

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Mariana Marins: Enfermeira, especialista em Saúde da Família e mestre em Ensino na Saúde pela Universidade Federal Fluminense.