Saúde mental: é possível prevenir o suicídio?

Tempo de leitura: 4 minutos
Saúde mental: Imagem de Freepik.
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O suicídio é uma importante problema de saúde pública no mundo todo, sendo responsável por mais mortes do que HIV ou câncer de mama. Saiba como identificar e intervir caso seja necessário.

Setembro Amarelo: mês de prevenção ao suicídio

Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização criada para estimular que as pessoas falem sobre saúde mental de forma empática e sem tabus. Olhar para o tema com carinho e usar a informação como aliada para estimular que as pessoas que estejam precisando busquem ajuda no lugar certo pode salvar vidas.

Quem está em maior risco?

A tentativa de suicídio é uma questão de saúde importantíssima, sendo o seu planejamento ou tentativa uma emergência psiquiátrica, e deve ser encarada como tal.

Ele pode afetar pessoas de todas as idades, gêneros, raças e classes sociais.

Alguns pontos são frequentemente observados na história das pessoas que têm pensamentos de suicídio, o que não quer dizer que sempre irá ocorrer.

Os fatores de risco mais importantes são:

  • Questões de saúde mental como depressão, transtorno afetivo bipolar, esquizofrenia, transtornos de personalidade, uso abusivo de substâncias como álcool e outras drogas;
  • Tentativas de suicídio anteriores;

Existem outros fatores de risco também,  que tem um impacto menor que os anteriores:

  • Sentimento de desamparo, desesperança, desespero e impulsividade;
  • Idade entre 15 e 30 e acima de 65 anos concentram a maior parte dos casos
  • Gênero: mais frequente em homens do que em mulheres
  • Doenças graves e limitantes
  • História de transtornos mentais ou suicídio na família;
  • Ter sofrido violência física, sexual ou conviver com violência na família;
  • Acesso a armas de fogo ou outros instrumentos letais;
  • Falta de rede de apoio: quanto menos laços sociais, maior o risco de suicídio;
  • Situações estressantes como desemprego, perda de um familiar, sofrer bullying
  • Experiência traumáticas

Quais são os sinais de alarme?

O suicídio pode ocorrer após algum evento estressante. As pessoas que estão em risco as vezes:

  • Falam sobre querer se suicidar, morrer ou “que a dor acabe”;
  • Têm sentimentos de desesperança, desamparo, não merecimento ou de estarem presas em uma situação;
  • Perdem interesse em atividades, hobbies, esportes que gostavam de fazer,
  • Agem por nervosismo ou impulso;
  • Dizem que podem não estar mais por perto;
  • Têm mudanças bruscas de comportamento ou de humor
  • Acreditam que a única solução para um problema é a morte,
  • Aumentam o consumo de álcool ou drogas

O que uma pessoa deve fazer se ela ou alguém conhecido estiver pensando em suicídio?

O primeiro passo é buscar ajuda imediatamente!

No Brasil contamos com o CVV, o  centro de valorização da vida. Ele funciona todos os dias, 24 horas e conta com voluntários treinados para te ajudar nesse momento de crise.

Você pode ter acesso a ele através do site https://cvv.org.br/ ou através do telefone 188. A ligação é gratuita.

No site você ainda encontra chat, pontos de ajuda presencial, e-mail de contato,  além de textos que podem ajudar com algumas orientações iniciais.

Você também pode procurar um atendimento de emergência ou entrar em contato com seu psicólogo ou psiquiatra caso esteja sendo acompanhado por um.

Após obter ajuda, outras medidas que podem ajudar nessa situação são:

  • Tirar qualquer objeto que possa ser letal do alcance da pessoa que está precisando de ajuda. Esconda bem armas, facas, tesouras, cordas, drogas, medicamentos.
  • Não ter medo de perguntar à pessoa se ela está pensando em se suicidar. Isso não vai sugerir que a pessoa faça isso. Na verdade falar sobre o assunto pode ajudar a pessoa a desabafar trazer alívio;
  • Converse em particular e expresse sua preocupação. Escute o que a pessoa tem a dizer e lhe diga o quanto a vida dela importa para você. Às vezes a pessoa acha que ninguém está se importando e isso pode lhe ajudar a se sentir menos sozinha.
  • Estimule que a pessoa procure tratamento. Se ofereça para ajudar a encontrar um profissional ou agendar uma consulta. Se possível, acompanhe a pessoa até o atendimento profissional, Reafirme que existem meios de conseguir ajuda.
  • Escute sem julgamentos, de forma respeitosa. Os sentimentos da pessoa são reais, não os diminua, mesmo que na sua opinião os problemas não sejam grandes. Tente compreender o que a pessoa sente e porquê.

Uma pessoa que tenta ou fala sobre suicídio não está apenas tentando chamar atenção. Essa é uma pessoa que está precisando muito de ajuda e deve receber ajuda profissional.

Referências bibliográficas

https://cvv.org.br/ acessado em 06/09/25 as 15:50

https://www.setembroamarelo.com/ acessado em 06/09/2025 às 16:10

https://flip3d.com.br/temp_site/issue-0609202516%20-%200e4a2c65bdaddd66a53422d93daebe68.pdf acessado em 06/09/25, às 16:47

Practice guideline for the assessment and treatment of patients with suicidal behaviors. Am J Psychiatry. 2003 Nov;160(11 Suppl):1-60. Erratum in: Am J Psychiatry. 2004 Apr;161(4):776. PMID: 14649920.

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