Mal súbito: saiba o que fazer ao presenciar

Tempo de leitura: 5 minutos
Mal súbito
Índice do conteúdo
Índice do conteúdo
Avalie esse post

Nos últimos meses, diferentes unidades de saúde no Brasil registraram aumento de atendimentos emergenciais devido a mal súbito. Embora nem sempre resulte em óbito, o quadro pode ser grave.

De acordo com o Ministério da Saúde, as doenças do aparelho circulatório — grupo que contém os casos de mal súbito, como infarto e arritmia — ainda estão entre as principais causas de morte no Brasil, representando cerca de 28% dos óbitos registrados anualmente. Esses dados reforçam a necessidade de maior atenção aos sintomas e à adoção de hábitos preventivos.

O que é o mal súbito

mal súbito é uma manifestação repentina de perda de consciência, desmaio ou parada cardíaca, geralmente causada por problemas cardíacos ou neurológicos. O termo “mal súbito” não define uma doença específica, mas sim uma sintoma agudo que pode ter diferentes origens.

Normalmente, o mal súbito está relacionado a alterações no ritmo cardíaco, à falta de oxigênio no cérebro ou a distúrbios graves do metabolismo, como queda brusca do açúcar no sangue (hipoglicemia), por exemplo. Na prática, ocorre quando o corpo perde, de forma inesperada, a capacidade de manter a circulação adequada de sangue e oxigênio para o cérebro e os demais órgãos.

Essa situação pode acontecer com pessoas de qualquer idade, mas é mais comum em adultos acima dos 40 anos, especialmente aqueles com fatores de risco para doenças cardíacas, como obesidade, hipertensão e diabetes.

Sintomas do mal súbito que merecem atenção

Embora o mal súbito aconteça de forma repentina, muitas vezes existem sinais de alerta antes do episódio. Alguns sintomas exigem atenção imediata, como:

  • Dor ou pressão no peito, que pode se estender para o braço ou mandíbula;
  • Falta de ar súbita, mesmo em repouso;
  • Tontura, visão turva ou sensação de desmaio iminente;
  • Suor frio e palidez;
  • Palpitações (batimentos cardíacos irregulares ou acelerados);
  • Fraqueza súbita, confusão mental ou perda de coordenação.

Esses sintomas podem indicar alterações cardíacas ou neurológicas graves, apesar de também ocorrerem em outras situações. Buscar atendimento médico de emergência é essencial para evitar complicações e aumentar as chances de recuperação.

Causas do mal súbito

As causas mais comuns de mal súbito estão relacionadas a alterações no coração e no cérebro. Entre elas estão:

  • Arritmias cardíacas (batimentos irregulares, rápidos ou lentos demais);
  • Infarto agudo do miocárdio (obstrução das artérias do coração);
  • Acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame;
  • Crises epilépticas ou convulsões;
  • Hipoglicemia grave (queda do nível de açúcar no sangue) – sendo mais comum e grave nas pessoas com diabetes que precisam de insulina;
  • Embolia pulmonar (entupimento de vasos sanguíneos nos pulmões).

Ministério da Saúde ressalta que fatores como diabetes e pressão alta não controlados, obesidade, tabagismoalcoolismosedentarismo e estresse contínuo aumentam o risco de desenvolver essas condições.

Tratamento do mal súbito

O tratamento do mal súbito depende da causa identificada. O primeiro passo é a avaliação imediata da pessoa, preferencialmente em emergência e a manutenção das funções vitais — especialmente respiração e circulação.

Os protocolos recomendam que, ao presenciar um mal súbito:

  1. Acione o serviço de emergência (SAMU – 192) imediatamente;
  1. Verifique se a pessoa está respirando e se tem pulso;
  1. Caso saiba, faça manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP) se a pessoa estiver sem consciência e sem respiração imediatamente;
  1. Utilize um desfibrilador automático (DEA), se disponível, até a chegada da equipe médica. Locais de grande circulação como shoppings e aeroportos devem ter esse dispositivo disponível.

A pessoa deve ser encaminhada o mais rápido possível a um hospital para diagnóstico completo, que pode envolver exames de sangue, eletrocardiograma, tomografia e outros, de acordo com os diagnósticos possíveis.

É importante ressaltar que o atendimento deve ser preferencialmente realizado em hospitais ou Unidades de Pronto Atendimento / Emergências, devido a necessidade de exames, medicamentos e equipamentos mais complexos. Consultórios, clínicas e postos de saúde normalmente não dispõem dos elementos necessários para diagnóstico e tratamento. O tempo pode ser crucial para a recuperação da pessoa que apresentou um mal súbito.

Aqui cabe destacar a importância de haver treinamento em primeiros socorros para a população em geral, pois conhecer alguns procedimentos pode fazer toda a diferença.

Como prevenir o mal súbito

A prevenção do mal súbito envolve o controle dos fatores de risco que afetam o coração e o sistema nervoso. Portanto, os cuidados necessários são:

  • Controlar a pressão arterial, o colesterol e o açúcar no sangue;
  • Praticar atividade física regular, conforme orientação médica;
  • Controlar o peso: em pessoas com obesidade, a redução de 5% do peso já traz grandes benefícios à saúde;
  • Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool;
  • Manter uma alimentação equilibrada, com frutas, legumes e grãos integrais;
  • Reduzir o estresse e dormir bem;
  • Realizar acompanhamento e os exames necessários de acordo com sua situação, especialmente a partir dos 40 anos.

Essas ações são fundamentais para identificar precocemente condições que podem levar ao mal súbito e reduzir o risco de eventos graves.

A ocorrência de mal súbito é um grande exemplo da importância da prevenção e da vigilância contínua da saúde, pois na maioria dos casos pode ser prevenido. A informação, a atenção aos sinais do corpo e o acesso rápido ao atendimento médico continuam sendo as principais estratégias para reduzir a mortalidade por eventos súbitos.

Conte com os produtos Afya!

A Clique Farma apoia você em todas as etapas do seu cuidado:

  • Com o Agendar Consulta, é possível marcar atendimento médico de forma prática e segura;
  • Com o Comparador de Preços, você encontra o melhor valor para medicamentos de uso contínuo, garantindo economia e adesão ao tratamento.

⚠️ Este conteúdo é informativo e não substitui a avaliação médica. Em caso de sintomas, procure um profissional de saúde.

Referências bibliográficas

Whitebook Clinical Decision (Penso Saúde) – Seções de Cardiologia, Emergências e Neurologia, 2024.

Ministério da Saúde – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/DATASUS).

Fiocruz – Boletim de Vigilância em Doenças Crônicas Não Transmissíveis, 2024.

INCA – Estatísticas de Mortalidade e Fatores de Risco, 2024.

Quem escreveu este post

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *