Nos últimos meses, diferentes unidades de saúde no Brasil registraram aumento de atendimentos emergenciais devido a mal súbito. Embora nem sempre resulte em óbito, o quadro pode ser grave.
De acordo com o Ministério da Saúde, as doenças do aparelho circulatório — grupo que contém os casos de mal súbito, como infarto e arritmia — ainda estão entre as principais causas de morte no Brasil, representando cerca de 28% dos óbitos registrados anualmente. Esses dados reforçam a necessidade de maior atenção aos sintomas e à adoção de hábitos preventivos.
O que é o mal súbito
O mal súbito é uma manifestação repentina de perda de consciência, desmaio ou parada cardíaca, geralmente causada por problemas cardíacos ou neurológicos. O termo “mal súbito” não define uma doença específica, mas sim uma sintoma agudo que pode ter diferentes origens.
Normalmente, o mal súbito está relacionado a alterações no ritmo cardíaco, à falta de oxigênio no cérebro ou a distúrbios graves do metabolismo, como queda brusca do açúcar no sangue (hipoglicemia), por exemplo. Na prática, ocorre quando o corpo perde, de forma inesperada, a capacidade de manter a circulação adequada de sangue e oxigênio para o cérebro e os demais órgãos.
Essa situação pode acontecer com pessoas de qualquer idade, mas é mais comum em adultos acima dos 40 anos, especialmente aqueles com fatores de risco para doenças cardíacas, como obesidade, hipertensão e diabetes.
Sintomas do mal súbito que merecem atenção
Embora o mal súbito aconteça de forma repentina, muitas vezes existem sinais de alerta antes do episódio. Alguns sintomas exigem atenção imediata, como:
- Dor ou pressão no peito, que pode se estender para o braço ou mandíbula;
- Falta de ar súbita, mesmo em repouso;
- Tontura, visão turva ou sensação de desmaio iminente;
- Suor frio e palidez;
- Palpitações (batimentos cardíacos irregulares ou acelerados);
- Fraqueza súbita, confusão mental ou perda de coordenação.
Esses sintomas podem indicar alterações cardíacas ou neurológicas graves, apesar de também ocorrerem em outras situações. Buscar atendimento médico de emergência é essencial para evitar complicações e aumentar as chances de recuperação.
Causas do mal súbito
As causas mais comuns de mal súbito estão relacionadas a alterações no coração e no cérebro. Entre elas estão:
- Arritmias cardíacas (batimentos irregulares, rápidos ou lentos demais);
- Infarto agudo do miocárdio (obstrução das artérias do coração);
- Acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame;
- Crises epilépticas ou convulsões;
- Hipoglicemia grave (queda do nível de açúcar no sangue) – sendo mais comum e grave nas pessoas com diabetes que precisam de insulina;
- Embolia pulmonar (entupimento de vasos sanguíneos nos pulmões).
O Ministério da Saúde ressalta que fatores como diabetes e pressão alta não controlados, obesidade, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e estresse contínuo aumentam o risco de desenvolver essas condições.
Tratamento do mal súbito
O tratamento do mal súbito depende da causa identificada. O primeiro passo é a avaliação imediata da pessoa, preferencialmente em emergência e a manutenção das funções vitais — especialmente respiração e circulação.
Os protocolos recomendam que, ao presenciar um mal súbito:
- Acione o serviço de emergência (SAMU – 192) imediatamente;
- Verifique se a pessoa está respirando e se tem pulso;
- Caso saiba, faça manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP) se a pessoa estiver sem consciência e sem respiração imediatamente;
- Utilize um desfibrilador automático (DEA), se disponível, até a chegada da equipe médica. Locais de grande circulação como shoppings e aeroportos devem ter esse dispositivo disponível.
A pessoa deve ser encaminhada o mais rápido possível a um hospital para diagnóstico completo, que pode envolver exames de sangue, eletrocardiograma, tomografia e outros, de acordo com os diagnósticos possíveis.
É importante ressaltar que o atendimento deve ser preferencialmente realizado em hospitais ou Unidades de Pronto Atendimento / Emergências, devido a necessidade de exames, medicamentos e equipamentos mais complexos. Consultórios, clínicas e postos de saúde normalmente não dispõem dos elementos necessários para diagnóstico e tratamento. O tempo pode ser crucial para a recuperação da pessoa que apresentou um mal súbito.
Aqui cabe destacar a importância de haver treinamento em primeiros socorros para a população em geral, pois conhecer alguns procedimentos pode fazer toda a diferença.
Como prevenir o mal súbito
A prevenção do mal súbito envolve o controle dos fatores de risco que afetam o coração e o sistema nervoso. Portanto, os cuidados necessários são:
- Controlar a pressão arterial, o colesterol e o açúcar no sangue;
- Praticar atividade física regular, conforme orientação médica;
- Controlar o peso: em pessoas com obesidade, a redução de 5% do peso já traz grandes benefícios à saúde;
- Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool;
- Manter uma alimentação equilibrada, com frutas, legumes e grãos integrais;
- Reduzir o estresse e dormir bem;
- Realizar acompanhamento e os exames necessários de acordo com sua situação, especialmente a partir dos 40 anos.
Essas ações são fundamentais para identificar precocemente condições que podem levar ao mal súbito e reduzir o risco de eventos graves.
A ocorrência de mal súbito é um grande exemplo da importância da prevenção e da vigilância contínua da saúde, pois na maioria dos casos pode ser prevenido. A informação, a atenção aos sinais do corpo e o acesso rápido ao atendimento médico continuam sendo as principais estratégias para reduzir a mortalidade por eventos súbitos.
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⚠️ Este conteúdo é informativo e não substitui a avaliação médica. Em caso de sintomas, procure um profissional de saúde.
