A doença de Alzheimer é uma condição neurológica progressiva, caracterizada por neurodegeneração que afeta a cognição, a memória e a capacidade de realizar atividades da vida diária. A perda de sinapses, o comprometimento neuronal e as alterações cerebrais vão se acumulando ao longo dos anos, resultando em declínio cognitivo e funcional.
Primeiros sinais do Alzheimer
O Alzheimer passa por diversos estágios, sendo o seu estágio inicial caracterizado pelos seguintes sinais e sintomas:
- Esquecimento recente (referente ao que ocorreu há pouco tempo);
- Dificuldade para concluir raciocínios, planejar ou compreender instruções complexas;
- Desorientação em tempo (dias, meses) ou espaço (perder-se em locais conhecidos);
- Problemas de linguagem, como dificuldade de achar palavras, nomear pessoas ou objetos;
- Alterações de atenção e concentração;
- Mudanças no humor ou personalidade, como irritabilidade, apatia, tristeza, agressividade, variações de humor frequentes.
Diagnóstico
Para diagnosticar a doença de Alzheimer de forma confiável, é necessário um conjunto de quesitos e o diagnóstico é feito por meio de exclusão. Os seguintes pontos precisam ser levados em consideração:
- História pessoal e familiar de Alzheimer ou outras demências.
- Verificar fatores de risco: idade, comorbidades (doenças vasculares, hipertensão, diabetes), estilo de vida, uso de álcool ou drogas, medicações em uso.
- Queixas de esquecimento recente, desorientação, alteração de marcha ou de fala, início insidioso.
- Avaliação cognitivas e de depressão;
- Exames complementares para descartar outras causas ou confirmar diagnóstico, inclusive, biomarcadores em casos específicos.
Tratamento
O tratamento de Alzheimer é multifatorial e leva em consideração o tratamento farmacológico e o não farmacológico. Cabe destacar que não há cura, mas intervenções podem aliviar sintomas, retardar o declínio cognitivo/função e melhorar a qualidade de vida.
O tratamento farmacológico pode ser realizado por meio das seguintes medicamentos:
- Donepezila;
- Galantamina;
- Rivastigmina;
Já o tratamento não farmacológico é realizado por meio da:
- Estimulação cognitiva / reabilitação cognitiva, por meio de atividades que exercitam memória, atenção e orientação.
- Terapia ocupacional, para auxiliar na adaptação de rotinas para preservar autonomia do indivíduo;
- Atividade física supervisionada: exercícios aeróbicos, de resistência, combinados têm efeitos benéficos sobre cognição.
- Fisioterapia e/ou, fonoaudiologia quando há alterações de marcha, de fala ou de deglutição.
Por fim, cabe destacar que o Alzheimer é uma condição complexa, que exige diagnóstico precoce e abordagem multidisciplinar. Reconhecer os primeiros sinais, realizar a avaliação clínica adequada, usar exames complementares e biomarcadores, quando disponíveis, ajuda na identificação o mais cedo possível. O tratamento combina medicamentos sintomáticos com intervenções não farmacológicas, orientações familiares e cuidados paliativos, buscando preservar a qualidade de vida.