A osteoporose é uma doença crônica e silenciosa caracterizada pela redução da densidade e qualidade óssea, que torna os ossos mais frágeis e propensos a fraturas.
Essa condição afeta milhões de pessoas em todo o mundo, principalmente mulheres após a menopausa e pessoas idosas. Com o envelhecimento populacional crescente, o impacto da osteoporose sobre a saúde pública tem se tornado cada vez mais significativo — especialmente por estar associada a fraturas graves, que comprometem a qualidade de vida, aumentam o risco de hospitalizações e podem reduzir a expectativa de vida.
Geralmente, a osteoporose não apresenta sintomas até que ocorra uma fratura, sendo as mais comuns no quadril, coluna vertebral e punho.
O mês de outubro marca o Mês Mundial de Conscientização sobre a Osteoporose, uma campanha global voltada à prevenção, diagnóstico precoce e incentivo a hábitos de vida saudáveis.
Fatores de risco e prevenção
Alguns fatores podem influenciar no risco de desenvolver a osteoporose. Dentre os principais estão:
- Idade avançada;
- Sexo feminino e menopausa precoce;
- Histórico familiar de osteoporose;
- Baixa ingestão de cálcio e vitamina D;
- Sedentarismo e imobilidade prolongada;
- Tabagismo e consumo excessivo de álcool;
- Doenças endócrinas e autoimunes associadas.
Medidas preventivas essenciais:
- Alimentação adequada;
- Exposição solar controlada, para síntese de vitamina D;
- Prática regular de atividade física, especialmente exercícios com impacto moderado e fortalecimento muscular;
- Evitar tabaco e consumo excessivo de álcool;
- Promover ambiente seguro, evitando risco de quedas, como, por exemplo, retirar tapetes soltos pela casa e móveis que possam causar acidentes.
Sintomas e diagnóstico
Os sintomas costumam ser pouco evidentes, embora algumas alterações devam ser investigadas, principalmente quando associadas aos fatores de risco informados. São eles:
- Perda de peso;
- Fraturas;
- Dor;
- Alteração de marcha e postural;
- Deformidades ósseas.
O principal método diagnóstico utilizado é a densitometria óssea, considerada exame padrão-ouro para avaliar a densidade mineral óssea.
Quanto mais cedo a doença é detectada, maiores são as chances de prevenir fraturas e preservar a autonomia do paciente, por isso, é comum que pessoas a partir de 70 anos, mulheres em menopausa ou pessoas que façam uso de alguns medicamentos específicos realizem a densitometria óssea periodicamente, como rotina.
Tratamento e acompanhamento
O tratamento da osteoporose tem como objetivo reduzir o risco de fraturas e melhorar a qualidade de vida. As abordagens incluem:
- Suplementação de cálcio e vitamina D, conforme orientação médica e medicamentos anti-reabsortivos, quando indicados;
- Estímulo à prática de atividade física supervisionada;
- Acompanhamento regular com médico especialista.
Cada tratamento deve ser individualizado, considerando idade, risco de fratura, presença de comorbidades e preferências do paciente.
Por fim, é importante compreender que a osteoporose é uma doença silenciosa, mas com grande potencial de prevenção e controle. A conscientização sobre seus riscos, aliada a hábitos saudáveis e ao diagnóstico precoce, pode evitar complicações graves e preservar a autonomia ao longo dos anos.
Outubro é um lembrete importante de que cuidar da saúde óssea é um investimento na qualidade de vida.