O mês de outubro é marcado pela campanha outubro roxo, criada para conscientizar as pessoas acerca do lúpus, uma doença autoimune crônica que afeta milhares de pessoas no Brasil e no mundo. A cor roxa simboliza a luta dos pacientes e familiares, além de reforçar a necessidade de informação, diagnóstico precoce e acesso ao tratamento adequado.
Falar sobre lúpus é essencial para combater o preconceito, ampliar o conhecimento da população e melhorar a qualidade de vida das pessoas que convivem com a doença.
O que é lúpus?
O lúpus é uma doença autoimune sistêmica, na qual o sistema imunológico — que normalmente protege o organismo — passa a atacar tecidos e órgãos saudáveis.
Existem diferentes formas da doença, sendo a mais comum o lúpus eritematoso sistêmico (LES), que pode comprometer articulações, pele, rins, pulmões, coração e sistema nervoso.
Embora possa se manifestar em qualquer idade, é mais frequente em mulheres jovens em idade fértil.
Sintomas e sinais de alerta
Os sintomas do lúpus variam de pessoa para pessoa, entretanto os mais comuns são:
- Cansaço intenso e febre persistente;
- Dores nas articulações e rigidez matinal;
- Lesões na pele, especialmente na face em forma de “asa de borboleta”;
- Queda de cabelo;
- Sensibilidade à luz solar;
- Inchaço nos pés e nas pernas;
- Manifestações neurológicas ou renais em casos mais graves.
Por ser uma doença com sintomas que podem ser confundidos com outras condições, o diagnóstico muitas vezes demora — o que reforça a importância da conscientização e da busca por avaliação médica especializada.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico do lúpus envolve avaliação clínica detalhada, histórico de sintomas e exames laboratoriais e de imagem.
O acompanhamento costuma ser feito por um reumatologista, médico especializado em doenças autoimunes.
Embora não exista cura, os tratamentos disponíveis ajudam a controlar os sintomas, prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida. As principais abordagens incluem:
- Uso de anti-inflamatórios, corticoides e imunossupressores;
- Antimaláricos, como hidroxicloroquina, amplamente utilizados no controle da doença;
- Mudanças no estilo de vida, proteção solar, alimentação equilibrada e atividade física sob orientação de um profissional adequado.
Cabe destacar que o tratamento é sempre individualizado, respeitando as manifestações e necessidades de cada paciente.
A importância da informação e do apoio
Campanhas como o outubro roxo ajudam a romper o silêncio em torno da doença, diminuindo o estigma e estimulando a procura por diagnóstico precoce.
Além do cuidado médico, o apoio emocional e social é essencial, pois pacientes que têm suporte familiar e comunitário costumam lidar melhor com os desafios do tratamento.
Com informação, diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível levar uma vida ativa e com qualidade. Por isso, o outubro roxo reforça que falar sobre lúpus salva vidas, encoraja pacientes e fortalece redes de apoio.